Logística elástica: o que é e quais seus benefícios

Logística elástica no armazém
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logística elástica é um modelo de gestão onde adequa-se a oferta de acordo com a demanda de mercado.

Isso permite ter um armazém sem excessos, faltas ou qualquer problema relacionado à quantia dos materiais e produtos estocados, já que tudo gira em torno do que o mercado exige.

Nesse artigo, conheceremos mais a fundo a logística elástica, como aplicá-la e quais suas principais vantagens nos negócios.


1 → O que é logística elástica

Dentro da logística, nós sabemos que há diversos desafios a serem superados todos os dias e isso faz com que diferentes tipos de práticas sejam usadas para contornar cada problema.

A logística elástica é um tipo de gestão logística cujo foco é a busca exata pelo que o mercado precisa, ou seja, seu principal objetivo é evitar tanto os excessos quanto as faltas, ajustando a produção de acordo com o que é necessário.

O conceito de elasticidade vem justamente da flexibilidade de uma operação logística ao suprir tanto altas quanto baixas demandas.

Trabalhar com esse tipo de inovação na logística consiste em manter armazéns e integrá-los a diferentes centros de distribuição, além de ter fornecedores e terceirizados espalhados em diversos pontos, afinal, só assim as demandas podem ser atendidas e entregues no menor prazo possível, além de garantir que fornecedores necessários para fabricação sempre no local mais próximo. 

Isso traz mais eficiência e produtividade nas operações.

2 → Onde podemos aplicar a logística elástica

Nas entregas

A etapa de entregas talvez seja a que mais precise de elasticidade pelo simples fato de que dificilmente é possível padronizá-las para todos os clientes.

Pense bem, a demanda de produtos varia, bem como os aspectos práticos do sistema de entregas (embalagens, medidas, pesos, taxas de transporte dependendo do método de envio, entre  outros).

Dificilmente conseguimos seguir um padrão único, ainda que o auxílio de tecnologias como um TMS ajude bastante a organizar e automatizar o processo (no caso em que as entregas são feitas por uma frota).

No armazém

Há dois fatores aqui que contribuem bastante para a eficiência da logística elástica quando aplicada no serviço de armazenagem.

O primeiro é a comunicação

Sempre falamos aqui no Blog que existe uma ponte que conecta o estoque com o transporte e boa parte dela é construída com a boa comunicação entre os setores. 

Se todas as etapas da logística estiverem devidamente alinhadas, já é metade do caminho andado. Nesse caso, os responsáveis pelos processos de compras e os de transporte precisam se comunicar efetivamente para que tudo saia conforme o planejado.

O segundo fator é a agilidade, e nesse caso, o auxílio da tecnologia com o uso de um WMS é essencial para evitar erros comuns e economizar tempo e dinheiro.

No transporte

O controle que a logística elástica proporciona, facilita também no envio de remessas, ajudando a atingir a capacidade ideal, sempre de acordo com a demanda.

Além disso, unindo a logística elástica ao uso correto da tecnologia (roteirizadores e TMS), é possível ter uma flexibilidade ainda maior no transporte, seja pelos  fabricantes ou pelas transportadoras, podendo alterar em tempo real as rotas de acordo com a demanda.

3 → Como implantar a logística elástica

Usar a tecnologia na gestão

Sempre defendemos o uso de softwares que auxiliem na gestão logística. 

Lógico, é necessário utilizá-los com consciência e antes de mais nada, compreender a realidade do próprio negócio antes de investir dinheiro em qualquer tecnologia.

No entanto, o uso dessas ferramentas é uma grande virada de chave para melhorar a logística  de forma geral, e nesse caso específico, também contribuem bastante na implantação desse modelo de gestão logística.

Planejamento com o TMS

Com um TMS nas mãos, é possível planejar melhor várias partes do processo logístico que é o transporte.

Um exemplo bem prático disso são as rotas.

Dependendo do TMS, é possível planejar e automatizar as rotas de entrega da sua frota de veículos, tudo de uma maneira estratégica e que logicamente faça sentido, dependendo de cada entrega e produto e considerando suas características e restrições, além de levar em conta dados geográficos para facilitar o acesso às áreas.

Também é feito o planejamento de volumes dos carregamentos.

Muito ligado ainda ao planejamento de rotas, com o TMS você pode usar o sistema para planejar melhor a distribuição dos produtos.

Isso ajuda na criação de rotas automáticas que tenham o objetivo de diminuir os custos de entrega, racionar o número de veículos utilizados e consequentemente eliminar gastos desnecessários com combustível e manutenção de caminhões.

Dentro do planejamento, entre tantas opções, também incluímos uma das mais importantes que é o cálculo dos fretes e taxas de transporte, já levando em conta os parâmetros de legislação e regras que precisam ser seguidas.

Controle com o WMS

Imagine você como consumidor, aguardando ansiosamente por uma entrega na qual você investiu dinheiro, o tempo de espera que continua contando e a expectativa da chegada do produto.

A entrega atrasa dois dias em relação ao tempo estimado. 

Você, consumidor, por mais paciente que possa ser, não tem a menor obrigação de saber ou se importar com o porquê e onde aconteceu o problema que resultou nesse atraso.

Foi no transporte a caminho da sua casa? Foi na linha de produção da fábrica? 

O que importa é que a experiência do consumidor foi afetada e o domínio de sua marca também.

Muitas vezes esses atrasos ocorrem justamente no despacho da mercadoria ao sair do estoque e ser direcionada para a operação de carga, dentro do pátio.

Os motivos podem ser vários:

  • diferença do estoque na planilha (em caso de uso manual de pranchetas) e o estoque físico encontrado;
  • avaria no produto, identificada apenas no momento da expedição;
  • falta do produto no estoque, resultando em mais um pedido de última hora para o fornecedor;
  • falta de documentação necessária para o despacho;
  • confusão na emissão de pedidos.

Em um estudo feito pela Deloitte, 75% dos líderes industriais utilizam softwares de otimização dentro da logística como o WMS.

Ainda segundo uma pesquisa feita em 2018 pela Logistics Management, sistemas WMS já eram a realidade de 90% das empresas.

A ponte entre o estoque e o transporte, feita pelo YMS

Se no armazém temos a automatização do processo e a praticidade em torná-lo elástico de acordo com as demandas, evitando excessos ou faltas, no pátio – local onde os carregamentos que precedem o transporte são feitos  -, o uso de um sistema também se faz necessário.

Tal sistema, conhecido como Sistema de Gestão de Pátio, ou em inglês, Yard Management System (YMS), é o responsável por levar agilidade ao pátio logístico e as operações de carga e descarga.

Na prática, o sistema possibilita que o gestor tenha uma visibilidade completa de cada etapa da gestão de um pátio, desde o agendamento, até a organização das docas para entrada e saída de mercadorias e a emissão de documentos fiscais.

Aqui na Trackage, o YMS Trackage Maestro cumpre essa função, auxiliando gigantes do mercado como DHL, 3M, e várias outras empresas a gerenciar sua logística de pátio.

Se quiser saber mais sobre o software, leia este artigo.

Utilização do Just in time

Na prática, é um sistema de inventário que dita o volume de produção de acordo com as demandas, evitando desperdícios no estoque.

A principal vantagem que na verdade reúne várias, é eliminar desperdícios.

Quando dizemos várias, é porque não é só o desperdício de dinheiro e recursos que é eliminado, mas também o de tempo, mão de obra voltada para as operações de estoque e produção, a própria produção de mercadorias que não será feita além do necessário.

Preparação do armazém

Quando falamos em preparar o estoque, dessa vez não estamos citando a parte conceitual e tecnológica apenas, mas principalmente a física.

Afinal de contas, o armazém é um espaço físico de armazenagem e como tal, precisa ser preparado para esse modelo de gestão logística. Tal preparação varia de acordo com as necessidades, é preciso entender o que será melhor para o local escolhido.

Os produtos serão paletizados? Em picos de demanda, o armazém possui capacidade?

Lembre-se, a logística elástica não foi feita para consertar imprevistos (embora saibamos que eles possam ocorrer), ela foi feita principalmente para prevê-los e evitá-los. 

Pensando nisso, o uso de prateleiras para cargas pesadas (1 tonelada por prateleira) pode ser de grande ajuda.

Terceirização de serviços

Uma outra maneira econômica e eficiente de ter uma logística elástica, é terceirizando os processos logísticos através de um operador logístico.

Operadores logísticos são empresas responsáveis por assumir a responsabilidade sobre uma ou todas as etapas da Supply Chain.

Basicamente, empresas que terceirizam todo o serviço de logística de uma outra empresa.

Os operadores logísticos atuam no ramo e possuem conhecimento na cadeia de suprimentos para cuidar de cada etapa do processo, desde o armazenamento até a entrega do produto nas mãos do consumidor. 

É o famoso know how, ou seja, o conhecimento técnico, prático e teórico de empresas especializadas no que se propõem a fazer.

Se quiser saber mais sobre os operadores logísticos, fique de olho nesse artigo aqui do Blog.

4 → Vantagens em ter uma logística elástica

Visibilidade e controle

Com o auxílio dos softwares citados anteriormente, principalmente o WMS na gestão de estoque e o TMS no transporte, o controle  preciso da entrada e saída de mercadorias é bem maior.

A visibilidade  que se tem com as ferramentas corretas traz esse controle total de tudo como consequência, já que um armazém onde o sistema sabe exatamente o quanto é necessário, não passará pelo desesperador cenário da falta de produtos ou o excesso (e consequentemente, desperdício financeiro).

Automação

Assim como na vantagem citada anteriormente, o uso da tecnologia é de grande importância na automação dos processos, principalmente no estoque.

O RFID, por exemplo, é um sistema de identificação por radiofrequência.

Pode parecer confuso, mas no nosso dia-a-dia temos isso implantado de forma bem comum, acredite.

Sabe o cartão de pedágio do “SEM PARAR”? Pois é!

Ele utiliza essa tecnologia, facilitando sua vida assim que se aproxima do local e liberando a cancela para você.

Intuitivo, automático e prático. O RFID permite diversas aplicações e uma delas, dentro da logística, é o rastreio de produtos em estoque.

Etiquetas com a tecnologia RFID geralmente são postas nos produtos e assim que entram ou saem do estoque, esse registro é contabilizado no WMS, alterando em tempo real a contagem o estoque, além de permitir o rastreio e facilitar para o operador encontrar o que precisa sem passar minutos procurando.

Melhora na experiência do cliente como vantagem competitiva

As vantagens citadas acima, acabam formando essa última mencionada aqui neste artigo.

A experiência do cliente é composta por várias coisas que fazem parte da compra.

O prazo cumprido ou não, a eficiência na armazenagem que acaba impactando nas condições do produto ao cair na Last Mile, o controle de um estoque  preciso.

Tudo isso resulta em uma experiência livre de dores de cabeça por problemas que poderiam aparecer desde a etapa de abastecimento do estoque até a última milha da entrega.

Como vantagem competitiva, é indiscutível que a logística elástica acaba tendo seu impacto. nessa fidelização do cliente.


O turbulento mercado logístico faz com que novas tendências surjam no que diz respeito à gestão logística, todos os dias.

A logística 4.0, a indústria 4.0 e a cadeia de suprimentos também adaptada a essa nova onda  tecnológica trouxe consigo a necessidade de reformular os processo internos para alinhar os ganhos com a economia.

Assim, a logística elástica surge como uma opção ao gestor para poder equilibrar produtividade com redução de custos, sem deixar de priorizar aquele que é o ponto alto da logística atual: o cliente.