Como aplicar a logística estratégica na operação

Logística estratégica na gestão
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No artigo de hoje você irá entender o que é logística estratégica e o que a difere da logística operacional, como conhecemos.

Além disso, falaremos também das vantagens que a logística estratégica traz para a empresa e como ela ajuda a fidelizar os clientes. Saiba mais no artigo abaixo!


1 → O que é logística estratégica 

A logística estratégica vai além da parte operacional.

Embora seja um conceito já antigo, sua aplicação é algo que está sendo implementado nos últimos anos como uma extensão da logística como conhecemos.

A logística estratégica é basicamente o conjunto de ações utilizadas visando a otimização do fluxo de trabalho, melhorias na movimentação de cargas, a redução de custos e o aumento de produtividade, sempre levando em conta o próprio planejamento estratégico da empresa e os elementos básicos da logística como o estoque.

2 → Diferença entre logística estratégica e logística operacional

A primeira coisa que devemos entender é que uma logística não existe sem a outra.

Hoje em dia o fluxo logístico é todo feito de forma conjunta. 

Assim como já falamos aqui que o estoque, o pátio e o transporte são áreas que precisam umas das outras para que a cadeia de suprimentos tenha sucesso, a logística operacional e a estratégica dependem uma da outra para que tudo funcione de forma plena.

Sendo assim, é preciso entender suas diferenças e também a forma de integrá-las dentro de um negócio.

Partindo do básico, o que é estratégia

A estratégia em sua forma mais simples, é basicamente o planejamento usado para chegar a algum objetivo definido.

A logística estratégica, portanto, é uma visão macro da logística.

Isso quer dizer: ela não está restrita apenas às operações e atividades práticas da empresa. A logística estratégica é  responsável pelo planejamento que vai definir todas as operações logísticas e também suas melhorias.

Já a logística operacional é a que conhecemos e que está em maior evidência no dia-a-dia das operações. 

Ela compõe todas as atividades e processos práticos que conhecemos como transporte, gestão de pátio, estoque e tudo que de alguma forma influencia diretamente no sucesso das operações.

Esses processos são criados justamente pela logística estratégica.

Como pode ver, a logística estratégica define o que será aplicado pela logística operacional.

Pensando em um exemplo prático: os protocolos realizados em uma rotina logística de estoque para controle e despacho são definidos pela logística estratégica e aplicados pelas equipes que compõem a logística operacional.

3 → 6 passos para aplicar a logística estratégica

A. Mapear os processos

Mapear processos significa ter um roteiro traçado com todas as operações que compõem a logística da empresa, identificando erros e gargalos que precisam de melhorias, assim como a urgência de cada uma.

O mapeamento também identifica quais tarefas internas e externas compõem a cadeia de processos da empresa e se elas estão devidamente integradas.

Um exemplo eficiente é o uso de Management Systems como um WMS para o estoque de um YMS para a gestão de pátio, e se possível, um TMS servindo ao transporte.

A integração entre esses sistemas torna todo o fluxo logístico, desde a separação de uma mercadoria no estoque, até seu carregamento e, posteriormente seu transporte, algo ágil e orgânico.

Isso influencia na produtividade, que por sua vez impacta  na economia da empresa.

B. Alinhar a comunicação entre setores

Nós falamos sobre a integração entre os processos logísticos de forma automatizada com o uso de sistemas de gestão, mas devemos lembrar que nenhuma tecnologia substitui a comunicação entre as áreas.

É importante ressaltar: a comunicação não se resume a colaboradores passando e repassando informações entre as áreas. Ela passa pela compreensão mútua entre os times, de forma que todos conheçam a logística da empresa e o planejamento.

A capacitação dos times e o alinhamento entre eles faz dessa comunicação a principal base para o andamento do fluxo logístico.

C. Definir um planejamento

Logística estratégica sem um planejamento seria estranho, não é mesmo?

A base para seu funcionamento é justamente essa visão abrangente dos processos logísticos da empresa, que permitem definir planos para todo tipo de processo.

Muito desse planejamento estratégico logístico vem da necessidade dos clientes nos dias de hoje.

Você, como cliente, quando precisa comprar um produto específico, não vai mais no mais barato ou no que está mais à vista.

Hoje em dia o filtro do cliente é muito maior, envolvendo coisas como:

  • agilidade de entrega;
  • qualidade do produto;
  • atendimento eficiente ao cliente;
  • suporte;
  • preços baixos;
  • frete grátis;
  • garantias.

E esses são apenas alguns dos que todos nós como clientes, levamos em conta ao “garimpar” na internet a melhor opção de compra.

Visto por esse lado, o planejamento estratégico busca um equilíbrio entre a adaptação à necessidade do cliente e a eficiência que a empresa pode entregar, dentro das suas capacidades.

Resumidamente há dois tipos de planejamento: o tático e o operacional.

  • Planejamento tático

O planejamento tático procura simplificar a estratégica logística em termos diretos, para da forma como devem ser aplicados.

Coisas como indicadores de sucesso, investimentos, utilização e disponibilidade de recursos, compõem esse planejamento.

  • Planejamento operacional

O planejamento operacional é praticamente o desenho de como as operações irão funcionar, alinhando a comunicação entre as áreas, a execução de tarefas e atendendo ao planejamento tático, buscando atender as expectativas e dar retorno sobre os investimentos e recursos utilizados.

D. Estabelecer metas realistas 

Uma coisa que ainda ocorre em muitas empresas são as metas traçadas de forma equivocada e sem tanto preparo.

Quando falamos em metas realistas, estamos falando de objetivos que podem ser alcançados em determinado espaço de tempo, e não em apostas.

Jogar essa responsabilidade para os times operacionais quando as metas não são cumpridas por serem irreais ou exageradas, tende a ser danoso para o ambiente de trabalho, a produtividade e consequentemente impactam o lucro da empresa.

No caso dos gestores, é necessário ter uma consciência do próprio negócio em que atuam e da realidade da empresa, antes de firmar compromissos com os times operacionais.

Comece do básico e conforme os indicadores forem mostrando as melhorias, amplifique os objetivos.

O arroz com feijão bem feito é sempre mais seguro.

E. Automatizar tarefas

A automação de processos e tarefas se faz por meio de tecnologias, mas dentro da logística, isso depende de quais necessidades seu negócio carece.

Citaremos aqui 4 principais ferramentas que automatizam e integram boa parte do fluxo logístico.

  • ERP

Basicamente é um Sistema de Gestão Empresarial que centraliza todas as informações de todos os departamentos da empresa em um só lugar.

Essa integração entre várias áreas facilita a tomada de decisão e torna muito mais prático e rápido localizar dados necessários para aquele momento específico.

Isso deixa todo o fluxo logístico mais orgânico, fazendo com que tudo funcione em conjunto.

  • WMS

O Sistema de Gerenciamento de Armazéns melhora a gestão e controle das tarefas a serem desempenhadas pela equipe, fazendo com que toda a operação seja melhor aproveitada, gerando mais economia de tempo e de recursos.

Nos sistemas mais atuais, ocorre uma grande flexibilidade.

As empresas conseguem adaptá-los às suas mudanças de estoque, adotando um jeito próprio de gerenciá-lo.

  • TMS

Podemos definir o TMS como o software de gestão e organização dos transportes, suprindo todas as necessidades associadas a eles.

Por isso, o sistema de gestão de transportes é fundamental para que a operação tenha êxito para trazer e levar cargas do ambiente interno da empresa para os pontos de distribuição e vice-versa.

  • YMS

Em português, YMS significa: sistema de gerenciamento de pátio

Uma solução digital criada para empresas que precisam modernizar o monitoramento do setor logístico.

É utilizado por indústrias de diversos segmentos, por ser um modelo de gerenciamento que consegue se adaptar a diferentes setores e necessidades de mercado.

Na prática, o YMS atua especificamente na gestão de pátio e dá ao gestor uma visão completa de toda a movimentação desde a chegada de um veículo na portaria (check in) até a sua liberação (checkout).

F. Acompanhar indicadores de desempenho

Em qualquer que seja a estratégica logística de uma empresa, ter indicadores de desempenho disponíveis para o acompanhamento, é algo de grande importância para o funcionamento da estratégia.

Os indicadores de desempenho logístico são KPI’s (Indicadores chave de desempenho) utilizadas dentro da logística e que assim como nas outras áreas, servem para:

  • medir a eficiência de todos os processos;
  • ajudar a traçar novas estratégias;
  • mensurar se uma atividade ou ação está gerando o resultado esperado;
  • medir o desempenho dos colaboradores;
  • medir a percepção dos clientes sobre o seu produto;
  • apoiar as tomadas de decisões.

Quando falamos de desempenho logístico, precisamos entender que muito disso está ligado à visibilidade.

Não adianta termos operadores competentes, processos bem estruturados e tecnologias de ponta, se não tivermos informações sobre as operações.

Pior do que não ter informações, é tê-las e não saber o que fazer com elas.

Não é incomum algumas empresas ainda optarem pelos métodos manuais para coletar informações sobre suas operações. 

Mesmo em um mundo que já é tecnologicamente evoluído, ainda hoje alguns gestores preferem pranchetas, pesquisas internas feitas por operadores, ligações, e-mails, espera por respostas e tantas outras coisas pelas quais os modelos antigos de gestão precisam passar para ter os KPI’s necessários. 

4 → Vantagens da logística estratégica nos resultados da operação 

Ganho em eficiência e produtividade

Com o mapeamento de processos, alcançar um nível mais elevado de produtividade é algo quase certo, já que com isso é possível que identifiquemos ações que já não agregam nenhum valor ao produto como resultado final.

A exclusão dessas lacunas pode significar uma redução de custos e um aumento de produtividade nas operações.

Além disso, a integração entre áreas e operações através da automatização de processos com o uso de sistemas de gestão, também contribui para esse aumento de produtividade.

Redução de custos 

logística estratégica é sinônimo de investimento e redução de custos.

Quanto mais valor eu agrego à operação, mais é preciso balancear com a redução dos gastos dedicados às operações.

Ter uma operação com auxílios tecnológicos de ponta, agilidade nos processos e um tempo mínimo para realizar cada etapa é importante, mas de nada adianta se com isso os custos também aumentarem para suprir essa rotina eficiente.

É aí que a logística estratégica se destaca, prevendo onde é possível melhorar sem mexer no lucro da empresa, ou mexendo de forma mínima e consciente, sem que isso ultrapasse os ganhos.

Agilidade e assertividade na tomada de decisões

Lembra quando falamos ali em cima que a logística estratégica é uma visão macro de toda a logística da empresa?

Trocando em miúdos, isso quer dizer que ela permite que enxerguemos não apenas a parte operacional, mas todo o fluxo logístico de forma muito mais ampla.

Isso traz assertividade para as tomadas de decisões.

Em conjunto com a integração de processos por meio de sistemas de gestão, a agilidade ao tomar essas decisões é muito maior, evitando perda de tempo e é claro, perda de dinheiro.

Satisfação de clientes e vantagem competitiva

É claro que não poderíamos deixar de fora a principal vantagem competitiva hoje em dia quando falamos de logística: a satisfação do cliente.

É pelo cliente, no fim das contas, que a logística se modifica a cada ano, trazendo melhorias por meio de auxílios tecnológicos.

O transporte ágil e roteirizado. A gestão de pátio preditiva e eficiente. O estoque controlado e sem erros. 

A logística de ponta a ponta é realizada pensando na última parte de todo esse processo que é você, eu e todos nós como clientes, recebendo produtos dentro do prazo, por preços justos e usufruindo do máximo possível de eficiência.

A logística estratégica tem participação fundamental nisso, trazendo para a imagem da empresa o que qualquer gestor quer para o negócio: reconhecimento e preferência.


As diferenças entre logística estratégica e logística operacional nem sempre são tão claras, principalmente em empresas que ainda possuem todos os processos feitos de forma manual e sem nenhuma integração.

Hoje em dia, o alinhamento entre os setores e o entendimento sobre o que difere essas duas partes da logística, fazem total diferença no competitivo mercado, podendo ser destaque que sua empresa precisa para sair na frente.